51 - Paulinho Santos

Paulinho, o Duro! Ao lado desta lenda qualquer entrada assassina (ou qualquer entrada do Petit), são apenas cócegas quando comparadas com o espólio deste venerado nortenho. Um espólio fantástico, digno de ser exposto no Louvre. Ainda está para nascer o seu herdeiro - Petit ou Bruno Alves ao seu lado são meninos - e desde que abandonou o futebol, deixou-nos com uma lágrima sorrateira de nostalgia e deixou muitos cirurgiões no desemprego a lamentarem-se da falta de maxilares e pernas partidas. Homem de palavra, demonstrou-o dentro de campo e na perna de Bino, que mesmo após ter sido avisado por Paulinho para não o tentar fintar novamente, resolveu repetir a brincadeira, acabando na cama do hospital e a lamentar-se, qual Catarina Tallon, de o Duro não o ter ido visitar ao Hospital. Ou então a sua obssessão maníaca pelos maxilares de João Pinto, que deu origem ao momento zen de JVP numa celebre conferencia de imprensa. E era também um homem coerente: entrava de pés juntos ou a varrer sobre adversários mas também sobre colegas de equipa. E numa dessas entradas desvairadas nos treinos, num dos momentos mais memoráveis de sempre, Paulinho tem um entrada demoniaca sobre Antonio Carlos, um brasileiro duro de rins mas duro como betão. Quando Antonio Carlos se levanta, vermelho de raiva, procura logo o autor e começa a correr pelo campo fora atrás de Paulinho Santos que tentava fugir como podia. Valeu-lhe os colegas de equipa que conseguiram segurar o brasileiro antes de o apanhar. E em 95 resolveu dar uma patada em Yuran, outro gajo com mau feitio, e foi ve-lo novamente a correr campo fora...
Com um legado destes, alguém se vai lembrar do potencial futebolistico deste gajo? Pois é, este gajo jogou futebol e chegou a internacional. Velhos tempos que aqui neste blog nunca esqueceremos!