36 - Adamczuk

O polaco Dariusz Adamczuk. Gabo a memória de quem se lembrar de o ver jogar. Fez parte da mítica selecção polaca que foi aos Jogos Olímpicos de Barcelona, onde estava esse produto made in Sousa Cintra, Andrzej Juskowiak. Formado no Pogoń Szczecin, foi contratado pelo Frankfurt que terá visto nele um novo Andreas Moller. O trajecto alemão durou 6 meses e 5 jogos, partindo daí para o Dundee da Escócia.Aqui ainda fez melhor, 4 meses e 11 jogos depois, vai para o Udinese onde apenas é utilizado em 2 jogos. De certo que o mesmo olho cirurgico que trouxe Zoran Ban para o Restelo viu nele a next big thing e toca a traze-lo para o Belem. Finalmente uma época completa mas apenas 5 jogos. Voltou para a Polónia de certo envergonhado com tal façanha, mas o apelo animal levou-o novamente para o Dundee, onde realizando aqui e ali um jogo menos mau, foi parar ao eterno campeão da altura Rangers onde, obviamente, não passou do banco.

35 - Ouattara

A pérola de marfim. Ainda hoje não se consegue evitar uma boa gargalhada quando se pensa neste marfinense. Que trio atacante o Sporting tinha na altura: Ouattara, Skuhravy e Paulo Alves. Ouattara, a locomotiva humana, cedo mostrou um par de pernas feitas de chumbo e sem qualquer jeito para tratar a redondinha. Nunca a expressão "rematou para onde estava virado" teve tanta razão. Em 13 marcou 3 golos,todos eles em bolas perdidas na area onde uma biqueirada resolvia a questão.Não satisfeitos, os masoquistas dirigentes do Sporting,(seria ainda o reinado de Santana Lopes?) resolveram continuar a contar com Outtara para a época seguinte. E para ajudar trouxeram esse macho Jean Jacques Misse Misse. Não resultou e o nosso amigo apenas fez 7 jogos e marcou 2 golos. Lembro-me que ainda foi emprestado ao Salgueiros do mister Carlos Manuel onde apenas marcou 1 golo, e a partir daí, a vida futebolística de Ouattara deixou de ser, vegetando por clubes menores.No entanto, aqui em Lisboa, há sempre alguém que se lembra de ti.

34 - Fertout

O Marroquino de Belem. O numero 9 clássico. Revelação do CAN algures no início da década de 90, deu o salto para o Belenenses em 95 pela mão de João Alves, fazendo 29 jogos e 8 golos.Para época de estreia não foi mau. No entanto já não conseguiu repetir a proeza na época seguinte, pois o avançado marroquino do alto da sua técnica apenas fez 4 golos em 28 jogos.A terceira época foi o descalabro.Utilizado em apenas 14 jogos, a maioria como suplente utilizado, não deixou um golo para amostra. Como atenuante podemos indicar que nessa altura Youssef Fertout era municiado pelo meio-campo pleno de classe e técnica, formado por essa tripla maravilha: Andrade, Salam Sow e M'Jid. Foi remetido para a Holanda para o agora conhecido AZ, chegando a jogar com El "Terror de Casablanca" Hadrioiu. Aí deambolou entre a ocasional titularidade e o ocaso do banco, até voltar para a sua terra natal.

33 - Taument

Mais uma desilusão holandesa do Benfica.Felizmente que o Holandês que terminou esta triologia atacante holandesa foi um grande jogador - Van Hooijdonk. Um jogador razoável que teve o azar de apanhar no Benfica um dos piores treinadores de sempre, Manuel José, que poucas oportunidades lhe deu.Realmente naquela altura era Preudhomme e João Pinto e o resto era história. Formado no Feyenoord, foi onde chegou a Internacional. Quando chegou a altura de dar o salto para fora da Holanda, veio para o Benfica, onde fazendo 16 jogos sem golos, foi despachado por Manuel "Special One" José e a sua voz amaricada a meio da época para o Anderlecht.
Não venceu e andou perdido em clubes da Grécia e da Austria até pendurar as chuteiras.

32 - Zoran Ban

Aqui está a estrela croata que caiu em Belém proveniente da Juventus. Deu os primeiros pontapés na bola no clube natal Rijeka, dando nas vistas quando chegou a senior sendo recrutado pela Juventus.Aí apanhou com a concorrência de Roberto Baggio e apenas fez dois jogos. Inexplicavelmente foi emprestado ao Belenenses, tendo chegado com a aura de "jogador da Juventus".Em Portugal o que se viu foi um avançado muito limitado técnicamente e com o vício de fazer tabelinhas em tudo o que era parte do campo.Fez 9 jogos e marcou 2 golos, o suficiente para as gentes do Bessa o adquirirem. Mais uma vez pouco fez, 16 jogos e 4 golos para um jogador de grande nível era muito fraco. Começou aqui a descida de Zoran.Foi para o Pescara B e daí para clubes de segunda na Bélgica, onde fez a maior parte da carreira. Tentou a sorte novamente em Itália no Foggia então na série C mas, mesmo aí, apenas jogou 5 jogos. Uma verdadeira nódoa.

31 - De Wilde

Aqui fica o desengonçado belga. Ri-me como se não houvesse amanhã quando o vi sofrer um frango no Euro 2000 num jogo contra a Turquia, onde o nosso amigo ao tentar chutar uma bola sem a deixar cair no chão, mandou um belo pontapé na atmosfera, um lance demonstrativo da sua grande técnica. Chegado ao Sporting em 96, rapidamente ganhou a titularidade, o que não era difícil se pensarmos que os outros GK eram o Tiago e o terror de Salzburg, Costinha. Na segunda época, e após mais um afastamento natalício tão habitual naquelas alturas, e que levou a que o Sporting tivesse conhecido 4 treinadores, perdeu o estatuto de titular a meio da época para o pernalonga do Tiago. Enfim salvou-se comer as 4 farturas do Glorioso em Alvalade, onde até o cepo do Sousa (futuro post) marcou um golo.

30 - Kirovski

Antes de o Bush nos moer os neurónios, os sportinguistas levaram com este pesadelo made in USA. Foi o 1º americano a disputar um jogo da liga dos campeões. Chegou a Inglaterra para jogar no Manchester Utd, no entanto como não conseguiu obter licença de trabalho foi para o Dortmund. Brilhou e foi vendido ao Sunderland, no entanto mais uma vez não conseguiu licença de trabalho.Após vegetar na segunda divisão alemã por empréstimo do Dortmund, veio parar a Alvalade, aonde na época de 2000/2001, na ressaca do título, foi apenas utilizado em 6 jogos, incluindo um para a Taça de Portugal. Foi despachado para o Crystal Palace onde não deixou saudades.

29 - Bozinoski

Quem se lembra deste cepo? Era o cromo que mais vezes me calhava num colecção que fiz algures nos 90s. Nascido na actual Macedónia, chegou a internacional pela Austrália, vestindo essa camisola por 2 vezes. Os olheiros do Beira-Mar, com o orgulho de quem tinha descoberto anos antes Abdel Gany, trouxeram-no para Portugal onde jogando 34 jogos e marcando 2 golos, foi comprado pelo Sporting. Aí fez dupla no banco com o mal amado dos 3 bulgaros que chegaram ao Sporting, um tal de Guentchev. Fez apenas 11 jogos e foi devolvido aos Aveirenses. Ainda chegou a jogar pelo Paços de Ferreira, onde estava esse cepo do Yulan, e juntos foram uma fantástica dupla de organizadores de jogo pacence. Foram prestações tão boas que Bozinoski foi recambiado para Felgueiras e daí foi para a Turquia. Jogou também em Singapura, no fortíssimo campeonato local e actualmente é o proprietário do "Canadian 2-for-1 Pizza Soccer Academy" em Singapura.

28 - Bizarro

Campeão do Mundo em Riade, foi mais uma esperança eternamente adiada. Formado no Leixões, transitou para o Porto e no Júniores foi para o Benfica, decisão essa que , segundo ele, foi o pior erro da sua carreira.
No entanto teve o seu melhor momento na Luz quando ganhou o título de Júniores em pleno Estádio das Antas.
Depois da Luz, andou a deambular por clubes da 2º divisão como Louletano e Ovarense sem qualquer brilho, chegando à 1º divisão para representar o Máritimo, mas sem nunca conseguir ser titular indiscutível.
Tentou a sorte em Espanha mas uma rotura de fibras!? ao serviço do Ourense, significou o fim da aventura.Joga actualmente no clube da sua terra, o Leixões.

27 - Branko Milovanovic

A pedido do The great white leader, aqui fica Branko Milovanovic, uma eterna esperança jugoslava.
Após ter feito carreira no OFK Belgrado, caiu no goto do dirigentes do Deportivo que o levaram para Espanha. Aí mostrou toda a classe de que era feito o seu futebol, jogando apenas 75 minutos na 1º época e 4 jogos na 2º época. Quando nuestros hermanos acharam que o guarda-redes Nuno era o futuro da baliza do Corunha (eheheh), Milovanovic foi utilizado como moeda de troca. Chegado a meio da época ainda foi a tempo de participar em 17 jogos e marcar 4 golos. O efeito surpresa desapareceu na segunda época e o médio-ofensivo apenas fez 9 jogos sem marcar qualquer golo. Foi jogar para a Grécia onde não se destacou e joga actualmente no banco do Charleroi da Bélgica.